segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

[essencial]

Você se lembra que no começo era só amizade?
E que a amizade se transformou em um carinho sem tamanho?
Bom, este por sua vez aumentou e se transformou em amor,que por sua vez, aumentou e aumentou e se transformou em necessidade.
Na necessidade que eu sinto de estar sempre ao seu lado que também aumentou e virou essência.

Essência da minha vida, que é você...

SEMPRE.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

[ a insistência do amor ]

Escrevo para que você me leia. Você aí, no seu computador sob a mesa do trabalho ou da sua casa, pode escolher se vai me ler, se vai me deletar, se vai me responder. Não importa. Eu apenas preciso escrever porque ainda há coisas que não fazem sentido. Talvez escreva também na ilusão de que você leia e volte, para que você leia e pense que há algo surpreendentemente belo em mim, algo que você não viu, algo que passou por nós despercebido. Mas isso também não importa, porque é apenas uma ilusão, você não vai voltar. Escrevo também para que você me ame. Ou mesmo que você não me ame, que essa leitura seja também uma forma de amor.

Mesmo que amar não seja assim tão fácil, você pensa, amar não é assim tão fácil quando já não se ama. Que depois do amor ter surgido, vivido e morrido e virado qualquer coisa feito uma planta ou qualquer matéria orgânica, não vai virar semente. Amar não é semente para virar planta e regar e cuidar e essas coisas tolas que a gente gosta de pensar quando está feliz, essa felicidade tola como são todas as felicidades e tudo mais que nos faz pensar que é possível recuperar o irrecuperável. Tudo isso você deve estar pensando agora enquanto me lê.

Ontem fiquei pensando nisso, no amor, na insistência do amor, como se o amor pudesse nos salvar do ódio, da loucura e até do desejo. Eu acredito nisso porque ainda te amo. Quer dizer, te amo e pronto (sem ainda). Porque amor que é amor não acaba nunca. Ele fica guardado numa gavetinha reservado pra aquela pessoa apenas. Então fiquei pensando se nem mesmo do amor o amor nos salvaria, mas acho que o amor nunca será suficiente para aplacar o amor.

Um amor tão grande, você entende? Nesse amor cabem os segredos que se escondem nas frestas da aparência, as falhas desse personagem que inventamos diariamente. Nesse amor cabe a histeria, cabem manias doces de arrumar pacotinhos de açúcar na mesa do restaurante. Nesse amor cabem o vício e o conflito, como também a compreensão do silêncio - que eu não tive, mas agora percebo que cabe. Nesse amor cabe a suavidade da pessoa mais sensível que conheci e também o arrebatamento necessário. Nesse amor cabem nossas forças e nossas fraquezas. Nesse amor cabe. Ponto.

Mas é preciso coragem para receber todo esse amor.
Eu entendo, você simplismente não tem essa coragem.
O medo, o medo que nos paralisa, o medo que nos detém, o medo que nos faz recortar tudo em fatias.
Primeiro, segundo, terceiro.

O medo enumerando razões para me deixar.

[ desespero ]

O que me desespera não é o fim.
Não é a ausência.
Não é o vazio.
Não é a dor.


É saber que isso tudo vai durar por muito tempo.

=/

[ ? ]

VOCÊ QUER QUE EU DESISTA?

pois bem.

Fique sabendo que eu NUNCA vou desistir de nós dois!!

NUNCAAA!!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

[ de como eu fiquei bruta ]

quis levantar e sair. quis, em vão, conter as lágrimas. mas deixei os olhos ardendo. resisti, porque só quem já teve um grande amor que se esvaiu viveu a perplexidade do fim, o fundo do poço, o ritual de sobrevivência (respira!), o eu e o outro, o último encontro, o ritual de cura, a paramentação para a morte e finalmente o renascimento.

quis te escrever pra te contar quantas chaves eu ganhei, quantas portas eu já abri e quantas já fechei. mas na impossibilidade, escrevo aqui, como se falando do nosso amor ele não morresse nunca e eu mantivesse um romance secreto sem nem sequer você saber....

desculpa.
é que eu preciso de um amor assim como um respiro para entrar no compasso...

[ vida, strogonoff e hidromassagem ]

a vida é filme.

sim, porque al-guém TEM que ter escrito isto.

senão como você me explicaesses encontros inacreditáveis da vida?
essa sintonia, essa saudade, como tudo se encaixa?

está escrito em algum lugar.
TEM que estar.

você não acha?
eu tenho certeza acho.

[ o que não tem limite ]

o que me assusta é que eu não acho o que quero te dizer.
mas em resumo é que hoje eu te amo mais do que ontem.










minha fé é incorrigível...

[ amanhã é hoje ]

É preciso amar as pessoas
como se não houvesse amanhã
porque se você parar para pensar
na verdade não há.
renato russo

sábado, 28 de novembro de 2009

[ Talvez ]

Hoje... senti saudades!
Saudades de momentos bons... De amigos... De alguém...

Penso que não deveria sentir essa saudade! Ou não poderia! Não sei, apenas senti uma coisa que me perseguiu durante todo o dia, que sempre levava meus pensamentos até você! Senti saudade do que deveria ter feito e sentido um dia, mas não fiz! Lembrei dos teus sorrisos, do teu cheiro e do teu perfume, que até hoje me persegue! (chefinhopatia?) Do gosto da tua boca. Lembrei do teu abraço, do aconchego dos teus braços! Lembrei de como era confortável estar com você! Das brincadeiras, dos momentos, das palavras...

Como tudo sempre foi tão perfeito (ou pelo menos, deveria ter sido!). Lembrei dos maravilhosos sorrisos e gargalhadas que já dei por você, e para você! Lembrei dos momentos ruins. Afinal, a vida não é feita apenas de bons momentos. Porém, nenhum deles foi tão forte que me fizesse repensar e não sentir saudades - mesmo eu forçando para não senti-la. Hoje você me fez muita falta! Mais falta do que já havia feito! Ou do que imaginei que pudesse fazer! Não deveria sentir? Não poderia? Não tenho resposta... Apenas senti! Mesmo que amanhã não sinta mais, que depois não exista, e que apenas passe, hoje eu senti! E mesmo que nunca tenha feito sentido, que nunca faça (apesar de eu acreditar que ainda terá sentido)... eu senti! Eu senti! Eu senti! E repito: eu senti! Não preciso ter vergonha, nem esconder. E mesmo que, ainda assim, você acredite que eu não deva ou não possa sentir, eu senti! Se foi correto ou não, também não sei. Senti saudade por ter sido bom e ruim ao mesmo tempo. Por ter sido curto e longo. Por ter sido real e imaginário. Por ter sido forte e fraco.

Talvez, por ter te deixado ir...

[ A arte de viver da fé ]

"Eu e você
Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber
Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer
Se eu disser que já nem sinto nada
Que a estrada sem você é mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso, leio teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
E eu já nem preciso
Sinto dizer
Que amo mesmo, tá ruim pra disfarçar

Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos
No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso
Meio na contra-mão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada
E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na sua vida
Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar
Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar
Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa..."


E nós (_se é que ainda existe "nós"_) somos exatamente assim.
Tanta coisa que se passa, tanta coisa que muda.
Mas o sentimento está aqui. Intacto. Crescendo.
VIVO. Vida.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

por favor, senhor computador, faça com que eu me distraia.

[ O problema ]

como é que eu vou fazer pra você saber que é você? porque eu já sei. soube assim que te vi. sabe quando a gente ri à toa e simplesmente sabe? é você que vai trazer de volta as vontades e os castelos. é você que vai fazer os dias belos e ensolarados. é você que vai dar razão pra chuva e pro novo apartamento. vai ser você a companhia na frente da TV, no restaurante, em cada instante, todas as manhãs. só não seremos irmãos porque eu vou te beijar tanto, mas tanto, que você nunca vai ter tempo de chorar. eu vou te abraçar noites inteiras e te acordar devagar. é pra você que eu vou sorrir no café e é de você que vou sentir saudade. e vou me encher de vaidade com você ao meu lado. vamos andar de mãos dadas e seremos tão felizes! é você que os meus amigos vão amar e sou eu que vou amar os seus. e minha cara vai doer de sorrir cada vez que eu te olhar pra dizer eu te amo. e ninguém vai mais sofrer. mas como é que eu vou fazer você saber?

[ Das dores inevitáveis dentro da espera ]

sim, me dói um pouco. as vezes me dói bastante. como quando eu estou lá na platéia e vejo seu lugar ao meu lado mas você ainda não está. ou como quando eu sei que as pessoas todas vão te abraçar muito e te receber com palavras lindas. ou como quando eu preciso da sua opinião para tudo e quero conversar com você sobre o que acabamos de ver. sim, me dói. e me dói também quando eu morro de vontade de entrar no carro e pegar a sua mão enquanto decidimos para onde ir. ai, e como me dói quando eu me pego pensando na gente chegando em casa, entre beijos e sorrisos, e na noite inteira de amores, e na manhã com sol - dentro e fora. me dói também todo dia quando vai entardecendo e eu tento descobrir que filme você gostaria de alugar pra gente assistir no quarto, agarrados em baixo do cobertor. e, no calor, me dói pensar em bicicletas, sucos, parques, sorvetes e piscinas. e me dói ter que esperar as viagens, os lugares nunca visitados, as nossas férias, as nossas fotos. me dói diariamente pensar nos jantares, nos cinemas, nas risadas, nos papos das madrugadas, nas noites todas juntos antes de dormir. me dói, também, eu confesso, quando vejo possibilidades e já não me interesso porque você existe e eu já sei quem você é.


tento me distrair na alegria. mas a verdade é que me dói....


pra você não quero dor
você é a luz do caminho
é o ninho onde eu vou morar
você é o presente, o colo e o destino
você é a sorte de um amor tranqüilo

[ Amar? ]

"Mas eu sou inteiramente tragada pela pessoa que amo.
Sou como uma membrana permeável.
Se eu amo você, eu lhe dou tudo que tenho.
Dou-lhe o meu tempo, a minha dedicação, a minha bunda, o meu dinheiro, a minha família, o meu cachorro, o dinheiro do meu cachorro, o tempo do meu cachorro - tudo.
Se eu amo você, carregarei para você toda a sua dor, assumirei por você todas as suas dívidas (em todos os sentidos da palavra), protegerei você da sua própria insegurança, projetarei em você todo tipo de qualidade que você na verdade nunca cultivou em si mesmo e comprarei presentes de natal para sua família inteira.
Eu lhe darei o sol e a chuva e, se não estiverem disponíveis,
darei-lhe um vale de sol e um vale de chuva.
Darei a você tudo isso e mais, até ficar tão exausta e debilitada que a única maneira que terei de recuperar minha energia será me apaixonar por outra pessoa.
Não é com orgulho que revelo esses fatos sobre mim mesma, mas é assim que sempre foi."


Li hoje, mas sabia que já havia lido antes, e fui procurar.
Achei. Foi no livro que devorei durante o primeiro mês em Campinas,
o óbvio e ótimo Comer, Rezar, Amar.

Mas se você me perguntar, esse trecho aí, quem escreveu? eu diria: fui eu.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

[ Absoluto ]

Eu te amo com todo o amor que existe no mundo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

[ Saudades ]

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.

Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.Saudade é basicamente não saber.

Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem comer pipoca por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o ortopedista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês,
se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial;
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
se ele continua preferindo suco de laranja, com beterraba e cenoura e pepino e melão e panz ;
se ela continua preferindo suco de abacaxi;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua cantando tão bem;
se ela continua detestando o Mc Donald's, se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...

(Miguel Falabella, com adaptações minhas.)

Preciso falar mais alguma coisa depois desse texto?

[ Guardado ]

(...) Você me faz querer viver,
E o que é nosso,
Está guardado em mim e em você
E apenas isso basta (...)

[Intense]

Só queria saber para onde foram as minhas noites de sono,
para onde foi minha razão, para onde foi minha paz e as minhas certezas....

Mas não nego que esse sentimento estranho é muito bom.

Ansiedade.
Carinho.
Felicidade.
Extase.
Ciúme.
Raiva.
Saudade.
Vontade.

É você estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe, é a espera de te ver,de longe, mais um dia, é a paz que a tua presença me transmite EM SEGUNDOS.., é um medo gostoso do incerto, é querer que o relógio pare enquanto te vejo subindo as escadas....é bom, e é melhor do que qualquer outra coisa que já senti. É intenso, é verdadeiro, é recíproco. É tudo que alguém pode sonhar.Eu te amo como ninguém NUNCA vai te amar. E por te amar TANTO, fiz o que seria melhor pra você, e mais terrível pra mim. Saí de perto pra não te causar mais problemas...

Mas você NUNCA vai me perder, te espero... o tempo que for ;)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

[ Hipóteses sobre a burrice ]

Depois de três dias consecutivos de chuva, eu acordo, vejo que o tempo ainda está estranho apesar de não estar chovendo no momento, saio na rua e me deparo com dezenas de mulheres usando sandálias rasteiras.

COMOASSIM!?

Não tem um sapato fechado em casa? Sente prazer em mergulhar o pé na água de esgoto?Diante de tamanha falta de senso crítico, tentei achar uma explicação razoável para o fato e cheguei às seguintes hipóteses:

1. Essas mulheres tiveram deficiência de proteína na infância.
A mãe não deu danoninho, aí não desenvolveram bem as sinapses cerebrais, e panz...

2. Elas comeram cocô. Estavam lá no berço, meteram a mão, acharam cheiroso e mandaram ver.

3. Nasceram de parto normal e a mãe, depois de passar por três ou quatro maternidades públicas sem conseguir se internar, deu à luz na escadaria da Penha e as fulanas bateram a cabeça e rolaram os 382 degraus.

Foi uma dessas. Certeza.

sábado, 5 de setembro de 2009

[ a volta pra casa - em dois atos ]

eu sempre venho pra casa pensando em milhões de coisas. para dizer, para fazer, para mudar. nesses dias em que repito o caminho que me encerra essas noites repetidas e estranhas, sempre repito o pensamento e tento entender o que está acontecendo. é só comigo? eu me pergunto embora já saiba a resposta. é. tento entender que parte me faz feliz, que parte me deprime, que parte é totalmente absurda e o que, de tudo, sobra pra gente se dar de bom. o desejo. no final eu me faço propostas sinceras, mas quando chego lá no dia seguinte tudo me incomoda de novo. é mais forte do que as minhas mãos. é mais forte do que todas as minhas propostas fiéis durante a volta pra casa. é uma corda no pescoço.

eu sempre venho pra casa pensando em milhões de coisas. para te dizer, para te fazer, para te mudar. não, eu não quero te mudar. mas te mudando talvez eu pudesse mudar o que se repete dentro de mim todos esses dias repetidos de idas e vindas. o desejo. eu queria te perguntar o que está acontecendo. é só comigo? é. mas que parte te faz feliz? que parte te deprime? que parte é totalmente absurda? e o que é que, de tudo, a gente pode se dar de bom? é um pouco mais do que isso, não é? o desejo. mas pode ser sincero e fiel e sem nada que incomode no dia seguinte. não pode? porque é forte. e preenche alguns vazios das nossas idas e vindas e voltas pra casa. não? ou é uma corda no pescoço?

[ todos os santos estão cobertos ]

é tão fácil amar você que eu nem me culpo.
a heresia seria minha se eu não te amasse.
essa comunhão é a verdadeira oferenda.
eu te ofereço meu cuidado, meu tempo.
você me dedica (va) palavras e gestos e sons.
e tudo se ilumina quando eu te olho nos olhos.
e quando nos vemos, muito além do que pensam.
quando nos vemos como só nós sabemos.
com os olhos molhados ou não, é lindo e único e nosso.
e estava tudo lá, naquele abraço. em todos os abraços.

e como é doloroso reviver nossos abraços.
acho que estou com algum tipo de patologia (chefinhopatia??)
agora eu sinto seu perfume mesmo sem te abraçar.

tenho cura?

[pequena]

"joaninhas são
carinhos vermelhos
com pontos pretos."

Deus, agora eu sei por que razão existem as crianças.
Obrigada.

[ coisas/da/vida ]

1.
absurdo é o que não cabe em si, em nós.
aquilo que é difícil de expressar.
“absurdo” é depois que terminam todas as palavras,
mas a coisa continua linda. absurda.

2.
Toda vez que uma
carta de amor é rasurada,
uma borboleta morre.

3.
e se hoje fosse o fim?

[ A importância do vazio ]

O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada a ver com isso.

domingo, 16 de agosto de 2009

[ Sobre a espera ]



Eu espero qualquer sinal seu. A cada segundo. Te espero em uma eternidade que criei para mim. E você me chega nas horas mais inesperadas. Me chama, me faz sorrir, me abraça com vontade. Me diz: "Estou com saudades". Além de dizer você me faz sentir o que está sentindo. Eu te digo: "Eu estou com saudades também".

Passo o dia pensando em você. Pego uma música, escuto outra. Procuro mais uma. Em todas te encontro. Vejo o que somos, o que fomos, o que podemos ser. Esqueço o dia e penso no depois de amanhã. Ainda não é o bastante. Tenho que cegar a mente.

Eu quero cantar bem baixinho para você. Uma música que achei hoje. De uma cantora que eu já conheço. Com uma letra especial. Você me empresta seu ouvido?!

Tem dias que quero mais. Tem dias mais tristes. Tem dias que quero menos. Tem dias mais alegres. Hoje misturei tudo em palavras solitárias. Hoje misturei tudo aquilo que sinto. Hoje misturei você e eu.

Sabe que deu uma bela mistura?!

[ Sobre certas ondas ]


Acordei hoje com o pensamento no mar.
Num luar, num pensar, num exato lugar.
Dentro de mim econtrei um suspiro solto.
Pipa no céu, vento fiel.


Encontrei você dormindo dentro de mim.
Falou-se, encontrou-se, não despediu-se.
E a conjugação está no tempo errado.
Errado de espelho que virou rodando a noite.


Acordei hoje num céu nublado de nuvens ralas.
Ainda na cama sentindo a areia no corpo.
A paixão pelo além mar foi me transtornando aos poucos.
Me deixando, assim, deixada, esperando reencontros.
Me soltando, assim, solta, esperando despedidas.
Me querendo, assim, querida, esperando ...

...esperando quem sabe amanhã.


Mais mar que me passa na alma.
Mais areia que sinto na pele.
Mais... os olhos fechados e o vento da praia no rosto.
Mais... a maresia quieta sussurrando...


Eu queria te desenhar hoje vão pensamento.
Eu queria te desenhar hoje um guarda-sol.
Eu queria te desenhar hoje uma casinha simples, daquelas bem simples mesmo.
Eu queria te desenhar hoje uma praia, daquelas com onda o dia todo.
Eu queria te desenhar hoje um fim de tarde.
Eu queria te desenhar hoje...


Ao invés disso te escrevi.


Tem certas ondas que deveriam nos levar para sempre...

[ Do mundo ]

O mundo dá voltas.

A menina fica tonta, cai e chora.

sábado, 15 de agosto de 2009

[ ]

Me ensina a esquecer que um dia gostei de você…
Que fiz planos e tive sonhos…
Me ensina a viver fora do conto de fadas…
Acordei e não quero mais dormir…não quero sonhar!



Te amo e te quero pra vida toda! ♥

[ Parágrafo ]

Queria ser um texto
E colocar em palavras tudo o que sinto em meu peito
Queria ser poesia
E fazer transbordar tudo que me inspira em estrofes
Queria ser parágrafo
E marcar o início do início a todo momento
Queria ser rima
E cantar em meus versos uma linda melodia
Queria ser letra
E me tornar indispensável para a mais simples das palavras
Queria escrever
Mas ainda ainda não encontrei o meu ponto final.

[ Simplesmente ]

É simplesmente assim:

Basta meu coração esfriar
Para a sua saudade vir à tona
Com febre e insônia
Com fogo e fúria

Com todo tipo de inquietação.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

[ Para o reflexo ]

não se entregue. você sabe que é um instante e que o instante passa. já passou tantas vezes. você sabe, sim. portanto não esqueça nem por um minuto. não, não estava nos planos, eu sei. mas aconteceu. aconteceu. comemorações existem, famílias também, e saudade. você sempre soube. nunca deixou de sentir se pensar bem. e é no vai-e-vem de tudo isso que a gente caminha pra frente. acredite. não dá pra evitar. e, como você sempre diz, não dá simplesmente pra pular uma etapa. a vida traz e é isso. chora, pode chorar que ajuda. chora o que vier: filmes, idiomas, chuvas, cenas, palavras. chora mesmo, é uma dádiva. e suas palavras choradas normalmente são bonitas. então pelo menos não é em vão. a gente tem que se conformar, é isso. eu sei que você não se conforma, mas é isso e pronto. por que tanta surpresa, afinal? não há nada de novo, meu Deus. não fique aí se fazendo de vítima como se esse abalo repentino fosse assim inacreditável. não é que as coisas algum dia tenham sido diferentes. é que a gente vai vivendo e não fica pensando nas perdas o tempo inteiro. mas aí quando vem uma pancada dessas, tudo volta. é tão óbvio! inútil ficar tentando entender por quê. você tem todas essas respostas faz tempo. nasceu assim. isso é você e não é desta vez que vai ser diferente. menos ainda desta vez. essa gente, você sabe, vai estar aí dentro a vida inteira. e esta não vai ser a primeira nem a última vez que a coisa te pega de jeito. acostume-se de uma vez por todas, e aprenda. aprenda a lidar com menos dor. você sabe que dá. já tem aí cicatrizes antigas que não doem tanto. pois então tá na hora de cicatrizar essa turma toda também. eu não tô dizendo que é fácil, não se irrite. mas é preciso. você não pode ficar vulnerável a vida inteira... ficar caindo pelas tabelas a cada bofetada. não dá. já bastam os tombos inevitáveis, que virão, você sabe. já basta. e ninguém disse mesmo que ia ser fácil. entendeu, né? ótimo.

[ Jogo da verdade ]

se você acreditasse na minha brincadeira de dizer mentiras
teria ouvido verdades que eu teimo em dizer brincando

eu menti pra você.eu sempre minto um pouco pra você.não dessas mentiras sérias que estragam tudo e com as quais é impossível conviver. não. não é nada de mau. mas eu não te digo toda a verdade. muitas vezes te dou respostas pela metade ou opiniões que não são exatamente o que eu penso. muitas vezes te faço perguntas ou repito conselhos que negam completamente o que eu de fato sinto. muitas vezes eu minto. pra você e pra mim. porque essas mentiras reforçam o que eu deveria sentir. e o que eu quero sentir. preciso me ouvir dizendo mil vezes certas coisas que te digo, para que se tornem verdade dentro de mim. preciso, e estou fazendo isso devagar, transformar as meias-mentiras em verdades inteiras. preciso. no fundo eu acho que você sabe. e entende. por isso não falamos nisso e seguimos com a nossa vida. aproveitando a parte boa do que é de verdade. porque não é também que seja tudo uma enganação. não. tudo que existe, existe. a mentira só entra no momento em que eu iria além. é aí que as mentiras me salvam. me salvam de um monte de coisas que não nos servem pra nada. me salvam de perder o que a gente constrói de bonito. de perder o que eu não trocaria nem por uma noite inteira das verdades que eu às vezes desejo. não. eu vou mentir até me convencer. e você vai me perdoar até se acostumar. e seremos felizes para sempre.

[ Quando partes ]

ah como me assusta ver que as partes de você estão mim.
até as que não são eu.

[Não vai ter fim]

mas se você não admirar a pessoa, se não tiver orgulho dela, daquilo que ela é, daquilo que ela faz, daquilo que ela acredita... se você não se sentir a criatura mais feliz e privilegiada do universo por estar ali de mãos dadas com ele... se você não se encher de alegria, se seus olhos não brilharem, se você não tiver uma vontade louca de apresentá-lo pra todo mundo porque ele é o máximo... se você não achar que ele é linda de morrer e que ninguém tem mais brilho... se você não tiver pelo menos uma pequena esperança de que um dia a sua casa estará aberta para ele, os aniversários, as páscoas, os natais, os almoços de domingo... se você não fizer questão de conhecer e amar a família dele... e os amigos dele... se você não cogitar a possibilidade maravilhosa e perfeita de vocês envelhecerem sem se desgrudar, lendo na cama, assistindo a todos os seriados que ainda vão inventar, indo ao cinema e ao teatro, jantando fora, no japa, no mexicano, na churras ou em qualquer boteco... se você não tiver certeza de que terá assunto para conversar com ele pro resto da vida... se você, enfim, não tiver uma vontade genuína e feliz de agradecer aos céus ou sejalá-pra-quem cada vez que olhar para ele... aí, bobagem, vai passar logo, pode esperar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

[ A tênue diferença entre... ]

…entender, compreender e aceitar.

Entender: Deveria ser o 1º passo, mas geralmente é o que se deixa de lado por dar um trabalho absurdo. Estado onde analisa-se lógica e friamente um caso e acha-se “começo, meio e fim”. Razão.Ex.: Mariazinha termina seu relacionamento com Joãozinho porque o conheceu o Mário é ele é melhor.. hm.. atrás do armário.

Compreender: Raro. Realmente muito raro. Característico dos “S”, é o ato de se abster do entendimento de determinada situação, mas perceber que faz algum sentido.Ex.: Mariazinha termina seu relacionamento com Joãozinho porque “o problema é comigo, e não com você… estou passando por alguns conflitos internos, não sei o que eu realmente quero…”

Aceitar: Geralmente não acompanha os supracitados e acontece à contragosto, quando não há outra escolha. Resumidamente, significaria “dizer sim sem concordar”.Ex.: Mariazinha termina seu relacionamento com Joãozinho sem dar motivo e foge com o Mário para Papua Nova Guiné.

Devaneio mode OFF, pelamor!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

[ O que é pior? ]

Ainda não decidi o que é pior.

Quando fico sem falar com você, e sinto saudade.
Ou quando nos falamos, rimos, e a minha angustia aumenta por não te ter ao meu lado.

Te ter por perto é definitivamente muito bom.
E MUITO frustrante também...

_Imagens de um futuro incerto_


Uma vez eu achei que tudo poderia ser perfeito, ao seu modo.
Achei que aquelas frases de carinho poderiam ser verdade e que seria o seu beijo o único que eu sentiria até o fim dos meus dias.Ou melhor, achei que o meu beijo fosse o que você quisesse até o fim dos teus dias, porque até pouco tempo, isso pra mim nunca foi dúvida.

Também achei que eu pudesse ser a única que povoaria teus pensamentos e palavras, de forma tranquila e sincera. Porque você, esse tempo todo, foi o motivo dos meus pensamentos e anseios.

Você era a resposta pronta sobre o futuro que viria, e quantos dias mais eu preciso para me convencer que o conto de fada acaba quando o livro se fecha?A fortaleza desses mesmos contos de fada que existia em mim, ruiu.

O que sobrou?A menina indefesa, de lágrimas já tão conhecidas..

As palavras e os acontecimentos tiraram a esperança que até então vinha alimentando meu coração, afinal, dias melhores viriam, e foi você quem me disse isso...

Não que eu peça muito, não quero mais nada do que sinceridade ao olhar nos teus olhos e dormir em paz, podendo pensar "eu aqueço teu coração"; Talvez, diante de tudo isso, a "vida dos teus dias" não existe mais, ou nunca tenha existido.Só sei que relembrar os dias de carinho e abrir estes mesmos olhos exaustos para enxgergar a realidade me fazem não querer mais olhar além.

Não sei o que me espera no final destes capítulos, se a esperança do final feliz com o príncipe encantado nunca mais será a mesma... Ou se a eternidade é pouco pra nós, e as barreiras nos tornam cada vez mais fortes pra o grande momento do final feliz!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Walquírias...

Eles não sabiam de nada. Dentro de nós a coisa se organizava em silêncio.

Nem nós sabíamos exatamente o que estava por vir. Sob os olhos de todos, a traição começava a se constituir e nada mais podíamos fazer para evitar. Não era planejado com requintes de crueldade. Jamais faríamos aquilo de caso pensado. Não, não havia sido sequer imaginado antes de nos darmos conta de que já estava acontecendo. Nem sei se merecíamos mesmo esse fardo, esse peso da traição. Nem sei se estávamos de fato traindo. Afinal, aconteceu assim, de um dia para o outro, no meio de uma respiração, sem aviso, sem prévia intenção. Estava lá de repente e eles não sabiam de nada. Em silêncio os exércitos da razão iam sendo vencidos, muitilados, destruídos, e o impossível se tornou inevitável. Houve luta, ainda, acredite. De ambas as partes houve uma luta calada para que tudo não saísse do será, mas sempre nos tomava as armas uma coincidência, um olhar cruzado, uma sugestão inacreditável, uma sorte qualquer indicando o caminho (errado). E, contra todas as certezas da loucura sem precedentes, nos rendemos ao não planejado - fadado ao fracasso e à morte por fuzilamento. Nos rendemos, cientes de que ainda que não fosse traição, nós sim nos trairíamos em algum momento.

E aconteceu. Eles viram nos nossos olhos, no jeito de falar, no indisfarçável sorriso que o desejo escancara sob qualquer máscara. Não foi por precipitação ou ansiedade, porque nenhuma espera mudaria o fim da história. E depois que a bomba explodiu, não dava mais para desistir de ir em frente. O caso é que não queríamos matar ninguém. Mas eles não sabiam. E foram pegos em cheio pela explosão. Será que teríamos sobrevivido sem viver isso?
da série "se frustrar é viver"
ou "uma faca no coração despedaçado"
ou "de e-mails antigos e tristezas inevitáveis"
ou "a idéia idiota de reler mensagens guardadas"
ou "por que é mesmo que as pessoas se separam?"
ou, enfim, "terça-feira : um sofrimentozinho pra valer o dia"

...

balanço
s. m.1. Movimento de oscilação ou vaivém.
2. Sacudidela, solavanco.
3. Trapézio.
4. Hesitação.
5. Mudança (sem caráter de duração).
6. Operação de contabilidade tendente a conhecer a receita e a despesa.

fechada
adj.1. Que não está aberta; cercada de muros.
2. Unida, compacta.
3. Reservada; retraída.
4. Insensível.